A área da segurança do paciente enfrenta a tensão entre uma
abordagem sistêmica, "sem culpabilidade", e a necessidade de
responsabilizar os prestadores por um desempenho precário. Não há estudos que
descrevam as atitudes dos profissionais de saúde e dos pacientes em relação aos
métodos para promover a adesão às práticas de segurança do paciente.
As respostas às violações de protocolos foram agrupadas em
três categorias no trabalho “Responding to clinicians who fail to follow
patient safety practices: perceptions of physicians, nurses, trainees, and
patien”: retroalimentação (que teve apoio universal, sendo, portanto, excluída
da análise), notificação pública e sanções (multas, suspensão, demissão).
Examinaram as diferenças de opinião entre os grupos sobre o uso da notificação
pública e das sanções e sobre o número de transgressões que deveriam ser
notificadas ou sofrer sanções. Um maior número de participantes apoiou a
notificação pública e as sanções nos casos de não-adesão à pausa pré-operatória
e à avaliação do risco de quedas do que nos lapsos de higienização das. As
sanções foram apoiadas com mais frequência que a notificação pública em todos
os grupos e situações. Médicos e pacientes expressaram atitudes semelhantes em
relação à notificação pública e às sanções, mas os pacientes apoiaram o uso de
sanções após um número de transgressões significativamente mais baixo.
Depois de uma década enfatizando as respostas "sem
culpabilidade" aos riscos de segurança do paciente, tanto profissionais de
saúde como pacientes acreditam agora que os prestadores do cuidado de saúde
devem ser responsabilizados caso não sigam protocolos básicos de segurança.
Fonte: http://proqualis.net/