sexta-feira, 7 de março de 2014

Novo crachá avisa quando o Profissional de Saúde está com mão suja!



Sistema tem como meta reduzir índices de infecção hospitalar


O gesto é simples e capaz de evitar a morte de pacientes internados,porém, nem todos se lembram dele. Uma empresa carioca desenvolveu um sistema de monitoramento que avisa ao profissional de saúde a hora de higienizar a mão.

Toda vez que uma ‘mão suja’ se aproximar do leito do doente, um alarme poderá ser disparado, através de crachás usados pelos médicos ou enfermeiros.


A técnica é inédita no Brasil, segundo Elyr Teixeira, mestre em Engenharia Biomédica.O principal objetivo é evitar mortes decorrentes de infecções hospitalares, já que as mãos são a principal via de contaminação. Ele lembra que o modelo criado não altera a rotina hospitalar e garante maior rigor com a higienização. 

Hoje, o controle da higienização dos profissionais é feito de forma ‘manual’, por profissionais da Comissão e Controle de Infecções Hospitalares.É uma fiscalização passível de erro, e não havia uma ferramenta de controle mais prática, além de rígida.

Pelo software, é possível ver a frequência com que cada profissional limpa as mãos e onde. 

A previsão é de que os crachás estejam disponíveis em quatro meses. Hospitais do Rio, inclusive uma unidade pública, já demonstraram interesse em usá-los. “O custo de perder vidas é muito maior. Se o hospital não quiser o alarme, pode optar por uma luz especial”, pontua.

Equipamentos e roupas

A limpeza dos hospitais não envolve apenas a higienização das mãos, mas também a de equipamentos como estetoscópio, catéter, além de roupas usadas pelos profissionais. O alerta é de Leila Macedo, presidente da Associação Nacional de Biossegurança (ANBio). “O paciente muitas vezes entra com uma doença e sai com uma infecção. Ou o pior: nem sai do hospital”.
Leila explica que pessoas internadas apresentam sistema de defesa debilitado, o que aumenta as chances de infecção hospitalar. Além disso, em unidades superlotadas o risco é maior, já que a proximidade entre os pacientes é grande. “Isso gera aumento das bactérias e, em alguns casos, resistência e antibióticos”.
Segundo a especialista, profissionais de saúde não devem sair do hospital vestindo o jaleco ou transportando o estetoscópio, já que a prática leva contaminação da rua para o hospital.



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