No mês de dezembro o HIMABA promoveu o Treinamento em
Segurança do Paciente com o Slogan “Cuidado Seguro, Plante esta Semente!” O Treinamento
foi um grande evento, com a participação de mais de 70% dos profissionais da área
assistencial. No mês de janeiro/2014 o Núcleo de Risco e Segurança do Paciente –
HIMABA desenvolverá uma nova série de treinamentos com a finalidade de cobrir
100% dos profissionais. Sucesso Total!!!
domingo, 22 de dezembro de 2013
sexta-feira, 1 de novembro de 2013
PROGRAMA NACIONAL DE SEGURANÇA DO PACIENTE
O Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA) lançaram o Programa Nacional de Segurança do Paciente,
formalizado por meio da portaria MS/GM Nº 529, DE 1 DE ABRIL DE 2013.
O objetivo do programa é promover melhorias relacionadas à
segurança do paciente, de forma a prevenir e reduzir a incidência de eventos
adversos no atendimento e internação.
“Uma das principais ações será a obrigatoriedade de que os hospitais e
serviços de saúde implantem um Núcleo de Segurança do Paciente. O Núcleo, que
deverá entrar em funcionamento em 120 dias a partir da aprovação da norma, será
uma referência dentro de cada instituição na promoção de uma assistência segura
e também na orientação aos pacientes, familiares e acompanhantes de pessoas
internadas. Também passará a ser obrigatória a notificação mensal de eventos
adversos associados à assistência à saúde”.
Os objetivos específicos do programa foram assim delimitados
no Art 3º:
I – promover e apoiar a implementação de iniciativas
voltadas à segurança do paciente, por meio da implantação da gestão de risco e
de Núcleos de Segurança do Paciente nos estabelecimentos de saúde;
II – envolver os pacientes e familiares nas ações de
segurança do paciente;
III – ampliar o acesso da sociedade às informações relativas
à segurança do paciente;
IV – produzir, sistematizar e difundir conhecimentos sobre
segurança do paciente; e
V – fomentar a inclusão do tema segurança do paciente no
ensino técnico e de graduação e pós-graduação na área da saúde.
As estratégias do programa estão descritas no Art 5º:
I – elaboração e apoio à implementação de protocolos, guias
e manuais de segurança do paciente;
II – promoção de processos de capacitação de gerentes,
profissionais e equipes de saúde em segurança do paciente;
III – inclusão, nos processos de contratualização e
avaliação de serviços, de metas, indicadores e padrões de conformidade
relativos à segurança do paciente;
IV – implementação de campanha de comunicação social sobre
segurança do paciente, voltada aos profissionais, gestores e usuários de saúde
e sociedade;
V – implementação de sistemática de vigilância e
monitoramento de incidentes na assistência à saúde, com garantia de retorno às
unidades notificantes;
VI – promoção da cultura de segurança com ênfase no
aprendizado e aprimoramento organizacional, engajamento dos profissionais e dos
pacientes na prevenção de incidentes, com ênfase em sistemas seguros,
evitando-se os processos de responsabilização individual; e
VII – articulação, com o Ministério da Educação e com o
Conselho Nacional de Educação, para inclusão do tema segurança do paciente nos
currículos dos cursos de formação em saúde de nível técnico, superior e de
pós-graduação.
O Proqualis, Centro Colaborador para a Qualidade do Cuidado
e a Segurança do Paciente, do Icict/FIocruz, teve um papel importante na
elaboração do Programa, coordenando o desenvolvimento dos protocolos de
segurança do paciente, com foco nos problemas de maior incidência:
Higienização das mãos.
Cirurgia segura.
Prevenção de úlcera por pressão.
Identificação do paciente.
Prevenção de quedas.
Prescrição uso e administração de medicamentos.
O HIMABA está alinhado a este novo programa desde junho
2013.
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
AGORA É DEFINITIVO ...
A Fiocruz, o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) publicaram, em definitivo, Os protocolos básicos de segurança do paciente. Os seis protocolos – Identificação do Paciente; Prevenção de Úlcera por Pressão; Segurança na Prescrição, Uso e Administração de Medicamentos; Cirurgia Segura; Prática de Higiene das Mãos em Serviços de Saúde; e Prevenção de Quedas – fazem parte do Programa Nacional de Segurança do Paciente, cujo objetivo é prevenir e reduzir a incidência de eventos adversos nos serviços de saúde públicos e privados. Pesquisadores da ENSP que integram o Centro Colaborador para a Qualidade do Cuidado e a Segurança do Paciente (Proqualis) participaram do desenvolvimento de uma das principais ações desse novo programa: os protocolos de segurança do paciente com foco nos problemas de maior incidência.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), evento adverso é um incidente que resulta em dano não intencional decorrente da assistência e não relacionado à evolução natural da doença de base do paciente. No Brasil, o Ministério da Saúde, em parceria com a Anvisa, inseriu esse tema na agenda prioritária do sistema de saúde público e privado do país, por meio do lançamento, em abril de 2013, do Programa Nacional de Segurança do Paciente.
Os protocolos desenvolvidos visam orientar profissionais na ampliação da segurança do paciente nos serviços de saúde. Além deles, o programa criou Núcleos de Segurança do Paciente nos serviços de saúde, tanto públicos como particulares, e prevê a notificação de eventos adversos associados à assistência do paciente, bem como a chamada pública do setor produtivo da saúde para proposição de medidas de ampliação da segurança dos pacientes em serviços de saúde.
A Anvisa ficou responsável pelo desenvolvimento do protocolo de Prática de Higienização das Mãos em Serviços de Saúde. O grupo de trabalho coordenado pelo Proqualis desenvolveu os outros cinco. Depois de prontos, todos os seis protocolos passaram por consulta pública.
Integram o Proqualis, pela ENSP, os pesquisadores Walter Mendes, Monica Martins, Suely Rozenfeld e Victor Grabois. Walter também é o representante da Fiocruz no Comitê de Implementação do Programa Nacional de Segurança do Paciente, e seu suplente é Victor Grabois. O comitê foi criado como instância colegiada, de caráter consultivo, com a finalidade de promover ações voltadas para a melhoria da segurança do cuidado em saúde por meio de processo de construção consensual entre os diversos atores que dele participam.
Os protocolos e seus objetivos
O Protocolo de Identificação do Paciente tem a finalidade de reduzir a ocorrência de incidentes. O processo de identificação deve assegurar que o cuidado seja prestado à pessoa para a qual se destina.
Já o Protocolo para Prevenção de Úlcera por Pressão visa prevenir a ocorrência dessa e de outras lesões da pele, visto que é uma das consequências mais comuns da longa permanência em hospitais. Sua incidência aumenta proporcionalmente à combinação de fatores de riscos, entre eles, idade avançada e restrição ao leito.
O Protocolo de Segurança na Prescrição, Uso, e Administração de Medicamentos objetiva a promoção de práticas seguras no uso de medicamentos em estabelecimentos de saúde. Segundo o protocolo, estima-se que os erros de medicação em hospitais provoquem mais de 7 mil mortes por ano nos Estados Unidos, acarretando importantes custos tangíveis e intangíveis.
Protocolo para Cirurgia Segura diz respeito ao estabelecimento de medidas a serem implantadas para reduzir a ocorrência de incidentes e eventos adversos e a mortalidade cirúrgica, possibilitando o aumento da segurança na realização de procedimentos cirúrgicos, no local correto e no paciente correto, por meio do uso da Lista de Verificação de Cirurgia Segura desenvolvida pela OMS.
O Protocolo para a Prática de Higiene das Mãos em Serviços de Saúde aborda informações sobre a instituição e promoção da higiene das mãos nos serviços de saúde do país. Seu intuito é prevenir e controlar as infecções relacionadas à assistência à saúde (Iras), visando à segurança do paciente, dos profissionais de saúde e de todos aqueles envolvidos nos cuidados aos pacientes.
A sexta e última norma Protocolo de Prevenção de Quedas tem como meta reduzir a ocorrência de queda de pacientes nos pontos de assistência e o dano dela decorrente, por meio da implantação/implementação de medidas que contemplem a avaliação de risco do paciente, garantam o cuidado multiprofissional em um ambiente seguro e promovam a educação do paciente, familiares e profissionais.
terça-feira, 24 de setembro de 2013
QUEM PAGA A CONTA?
Há algum tempo o The New
York Times noticiou que, o Medicare - securidade social governamental americana
para os idosos - não mais pagará os hospitais por despesas decorrentes de
algumas complicações adquiridas dentro do hospital.
Essas complicações foram consideradas pelo Medicare como
"condições que podem ser razoavelmente prevenidas".
Algumas dessas
condições são frequentes, outras são mais raras, a lista das inicialmente
consideradas incluem:
Úlcera por pressão (escara de decúbito);
Lesões causadas por quedas;
Infecções relacionadas a cateteres venosos;
Infecções urinárias relacionadas a sondagem vesical;
Tratamento de pacientes nos quais foi esquecido objetos
durante a cirurgia;
Complicações decorrentes de transfusões de sangue
incompatível;
O The New York Times afirma, ainda, que algumas seguradoras
privadas estão pensando em caminhar na mesma direção. Além disso, algumas
outras condições preveníveis estão sendo consideradas como septicemia por S.
aureus, pneumonia associada à ventilação mecânica e infecção por C. difficile.
Esse conceito já chegou ao País.
A Campanha 100.000 vidas (atualmente 5 milhões de vidas) demonstrou que é possível, eliminar essas complicações com cuidados simples e baseados em Evidências Científicas, gerenciando riscos e cuidando da segurança do paciente.
A Campanha 100.000 vidas (atualmente 5 milhões de vidas) demonstrou que é possível, eliminar essas complicações com cuidados simples e baseados em Evidências Científicas, gerenciando riscos e cuidando da segurança do paciente.
quinta-feira, 19 de setembro de 2013
É POSSÍVEL EVITAR O ERRO...
Somos humanos, falíveis, erramos e erramos frequentemente. Todos sabemos disto. Por diversas
vezes esquecemos coisas importantes tanto pessoais quanto profissionais.
Aniversários de pessoas importantes passam sem que nos recordemos, esquecemos
de pagar contas...
Erramos
porque somos imperfeitos, porque nosso cérebro para funcionar melhor e mais
rápido usa uma série de adaptações vindas da evolução da nossa espécie. Não há
como evitar os erros, por mais esforços que façamos, mais cedo ou mais tarde
ele ocorrerá.
Mas se
isto é realmente verdade, e é, por que insistimos em construir sistemas que se
baseiam na perfeição humana?
É comum, quando analisamos falhas na assistência
médico-hospitalar ouvirmos dos responsáveis pela análise soluções como: o
funcionário foi reorientado! Como se o funcionário tivesse errado por má fé,
por negligência ou por descaso. Na imensa maioria das vezes não é isto que
acontece.
Ninguém sai de casa planejando errar nesta ou naquela função. Ninguém
erra por que quer!
É
necessário que entendamos os mecanismos dos erros humanos para que possamos
efetivamente criar barreiras que previnam ou impeçam que os erros aconteçam. Na
imensa maioria das vezes estas barreiras não podem basear-se nas capacidades
humanas, mas sim em processos simplificados e bem elaborados.
Para
entender os eventos adversos evitáveis em saúde (antigamente conhecidos como
erros médicos), é necessário avaliar como os eventos que levam a grandes erros
ocorrem. Não somente em medicina, mas quando se estuda fenômenos que causaram
lesões graves, como queda de aviões, desabamento de construções e outros,
frequentemente observamos que não há um único erro responsável pelo evento, mas
sim uma sequencia de erros menores.
Esses
erros menores, isoladamente não causariam por si a catástrofe, mas sua sequência,
sim!
Em 1990
James T. Reason propôs o Modelo do Queijo Suíço Esse modelo consiste-se de
múltiplas fatias de queijo suíço colocadas lado a lado como barreiras à ocorrência
de erros.
Segundo o autor, para que um acidente grave
ocorra é preciso que uma falha consiga ultrapassar todas as barreiras de um
determinado sistema, o que é, em geral, um acontecimento raro.
É como imaginar várias fatias de queijo suíço e,
numa situação atípica, um alinhamento dos “buracos do queijo” em todas as
fatias. O erro, neste contexto, passaria livremente por todas as etapas do
processo, causando danos sérios ao final do percurso.
O acidente, portanto, não é causado pela falha
isolada de um indivíduo, mas por uma combinação de brechas no processo como um
todo.
A ocorrência de um erro se deve a uma falha sistêmica!
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
SUCESSO NO TREINAMENTO DA HIGIENIZAÇÃO DE MÃOS!
O primeiro dia da Campanha de Higienização de Mãos foi um
sucesso!
O HIMABA contou com a dedicação da Prof. Enf. Glaucia Santana,
responsável pela Educação continuada e da Dra. Beatriz Junqueira , Gerente de Risco
do Hospital. A presença do Grupo Soluços e Sorrisos ajudou a abrilhantar todo o
processo de treinamento, que continua pelos próximos 15 dias.
Durante o treinamento foram distribuídas lembrancinhas de álcool gel e formulários com orientações sobre o treinamento.
O Grupo Soluços e Sorrisos participou ativamente da palestra e fez questão de passar em todos os setores , convidando-os a participar do treinamento.
A equipe do Pronto-socorro recepcionou o Treinamento e o Grupo de braços abertos !!!!
Este é um grande passo que demonstra o compromisso do HIMABA com a segurança do paciente !
Parabéns a todos !!!!
sábado, 14 de setembro de 2013
O CONTROLE ESTÁ EM SUAS MÃOS !
Uma programação especial de treinamento de Higienização de Mãos, terá início nesta próxima semana no Hospital Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves.
Nesta segunda, 16/09, o hospital estadual iniciará várias ações
educativas para alertar principalmente os profissionais de saúde, funcionários
administrativos, bem como os pacientes sobre a forma correta e segura de
higienizar as mãos e evitar o contágio de doenças.
As equipes do Núcleo de Segurança do Paciente, Educação Continuada
e CCIH do Hospital, responsáveis pela
campanha, também reforçarão as orientações com a disponibilização de um guia
com os passos para a limpeza adequada das mãos.
O hábito de lavar as mãos é o primeiro procedimento clínico básico
para qualquer profissional de saúde. As mãos limpas ajudam a evitar a
propagação das doenças e diminuem o risco de infecção hospitalar.
"Essa campanha contribuirá para aumentar a segurança na assistência
hospitalar e vai fortalecer um hábito essencial de higiene que pode evitar
complicações no quadro de saúde dos pacientes internados, nossa meta é que o treinamento atinja 100% do corpo clinico e funcionários do Hospital", diz a Diretora Técnica Dra. Rubia Martins.
COMO HIGIENIZAR?
QUANDO HIGIENIZAR?
quarta-feira, 11 de setembro de 2013
EVITE UM EVENTO ADVERSO ...
Identifique e Evite um Evento Adverso ...
Eventos adversos (EAs) são definidos como complicações indesejadas decorrentes do cuidado prestado aos pacientes, não atribuídas à evolução natural da doença de base. Afetando em média 10% das admissões hospitalares, constituem atualmente um dos maiores desafios para o aprimoramento da qualidade na área da saúde: a sua presença reflete o marcante distanciamento entre o cuidado ideal e o cuidado real. Quando decorrentes de erros, são denominados EAs evitáveis. Cabe ressaltar que 50% a 60% dos EAs são considerados passíveis de prevenção. Em geral, a ocorrência destes eventos inesperados não acarreta danos importantes aos pacientes. Entretanto, incapacidade permanente e óbito podem ocorrer. Estima-se que 1.000.000 de EAs evitáveis ocorram anualmente nos EUA, contribuindo para a morte de 98.000 pessoas. Eventos adversos cirúrgicos e aqueles relacionados ao uso de drogas correspondem às categorias mais freqüentes. Alguns fatores favorecem sobremaneira a ocorrência de EAs, destacando-se a idade dos pacientes, a gravidade do quadro clínico inicial, a existência de comorbidades, a duração e a intensidade do cuidado prestado, a fragmentação da atenção à saúde, a inexperiência de jovens profissionais envolvidos no atendimento, a sobrecarga de trabalho, as falhas de comunicação, a introdução de novas tecnologias e o atendimento de urgência. A presença de EAs deve ser interpretada como decorrente de falências nos complexos sistemas técnicos e organizacionais relacionados à atenção à saúde e não como resultado de ações isoladas praticadas por profissionais incompetentes. A adoção de medidas punitivas frente aos erros, prática muito freqüente na área médica, gerando atitudes de medo e desconfiança nos indivíduos, em nada contribui para a prevenção dos mesmos, uma vez que induz à ocultação das falhas cometidas. O reconhecimento da real dimensão destes problemas representa uma oportunidade ímpar para o aprimoramento da segurança dos pacientes.
Hipócrates, ao redor do ano 430 aC, propôs aos médicos, no parágrafo 12 do primeiro livro da sua obra Epidemia:
Esta talvez seja a citação correta da sua famosa frase: Primum non nocere.
O Princípio da Não-Maleficência propõe a obrigação de não infligir dano intencional. Este princípio deriva da máxima da ética médica "Primum non nocere".
terça-feira, 10 de setembro de 2013
POSITIVE DEVIANCE - NA SAÚDE BRASILEIRA ...
Reuniões a cada 15 dias entre o corpo clínico das unidades de terapia intensiva e semi-intensiva são feitas no Einstein. A ideia é trocar experiências e resultados entre as equipes. Em 2008, o Einstein estabeleceu a meta de reduzir ao máximo as infecções na semi-intensiva e intensiva pela bactéria resistente à meticilina Staphylococcus aureus, também conhecida pela sigla inglesa MRSA (Methicillin-resistant Staphylococcus aureus). Com três meses de programa a entidade reduziu em 52% os índices de infecção hospitalar através de dispositivos invasivos.
Em alguns meses de 2010, por exemplo, as unidades chegaram à taxa zero de infecções. Outras melhorias foram sendo somadas ao atendimento e diversas ideias transformaram-se em prática contínua no hospital.
A diminuição é resultado do envolvimento de todos os colaboradores, que expõem suas dificuldades e sugestões.
A partir daí constatou-se que o uso de álcool gel é fundamental no combate à infecção hospitalar, apresentando resultados mais satisfatórios do que a lavagem das mãos com sabonete. “O uso de álcool gel equivale a uma lavada de mão e é muito mais prático e ágil. A utilização do produto passou de 15 mil por mês para 40 mil”.
O controle por meio de auditorias não é suficiente para avaliar os cuidados de higiene dos profissionais. Dessa forma, em cada dosador de álcool gel foi colocado um contador eletrônico (24hs). Com isso, temos um balanço do uso do produto e conseguimos saber se está sendo utilizado de forma adequada. De uma forma geral tem como estimar qual deve ser o uso mínimo tendo em vista os procedimentos direcionados ao paciente.
Além dos benefícios para o paciente, o Positive Deviance valoriza a participação de todos os profissionais envolvidos na assistência. O método estimula muito a criatividade. Para ilustrar as reuniões, os profissionais editam vídeos, fazem poesias, organizam apresentações de peças de teatro. Tudo em prol de melhores práticas assistenciais”.
POSITIVE DEVIANCE NA SEGURANÇA DO PACIENTE !
Positive Deviance, um conceito originado da literatura de pesquisa nutricional com o livro “Positive Deviance em Nutrição”, publicado pela Tufts University (EUA), do professor Marian Zeitlin, na década de 1990. A princípio, o intuito era promover intervenções sociais para tratar do problema da desnutrição infantil. No entanto, a filosofia se estendeu com sucesso para outros setores como saúde pública, educação, proteção das crianças e grupos vulneráveis.
O método Positive Deviance
baseia-se na identificação de pessoas que, dentro de uma comunidade,
destacam-se em termos comportamentais. E, segundo o conceito, tais pessoas
devem interagir com as demais por meio de troca de experiências e, assim,
promover melhorias na comunidade em que atua.
No início de 1990, o professor da
Universidade Tufts Jerry Sternin e sua esposa, Monique, colocaram em prática as
ideias de Zeitlin em países africanos como Sudão e Etiópia. De acordo com o
infectologista do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) e coordenador do
estudo Positive Deviance, Alexandre Marra, eles perceberam que algumas crianças
dessas regiões cresciam e conseguiam ingressar em uma faculdade, enquanto
outras, sob as mesmas condições, não.
Os pesquisadores perceberam que as
mães que faziam os filhos lavarem as mãos antes das refeições, que se
preocupavam em não colocar as crianças para dormir no chão frio e misturavam a
comida com alimentos mais nutritivos como farinha, peixe, entre outros,
obtinham maior sucesso no desenvolvimento dos filhos.
“Para diminuir a desnutrição e a
mortalidade infantil, eles colocaram ‘essas mães’ em contado com as outras que
não obtinham o mesmo resultado – claro – sempre respeitando as diversidades
culturais entre elas”.
Os resultados positivos de
experiências como essas foram adaptadas para diversos setores da sociedade,
inclusive, para a saúde. Nos Estados Unidos, 153 instituições de saúde fazem
parte, desde 2007, do movimento Tolerância Zero, que combate infecções
bacterianas utilizando conceitos da filosofia.
domingo, 8 de setembro de 2013
sexta-feira, 6 de setembro de 2013
quarta-feira, 4 de setembro de 2013
PREVENÇÃO DE EVENTOS ADVERSOS !
É POSSÍVEL PREVENIR ...
Até 73% dos eventos adversos que acontecem dentro de hospitais brasileiros, como medicações trocadas ou operação de membros errados, poderiam ser evitados.
É o que apontam estudos da Fiocruz apresentados no QualiHosp (congresso de qualidade em serviços de saúde) e que ajudaram o Ministério da Saúde a criar novas normas de segurança hospitalar que passam a valer a partir de 2014.
As pesquisas, feitas em dois hospitais públicos do Rio, encontraram uma incidência média de 8,4% de eventos adversos, semelhante aos índices internacionais.
No Brasil, no entanto, é alto o índice de problemas evitáveis: de 66,7% a 73%. Em outros países, a incidência variou de 27% (França) a 51% (Austrália).
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Em números absolutos, isso significa que, em 2008, dos 11,1 milhões de internados no SUS, 563 mil foram vítimas de erros evitáveis.
Para Walter Mendes, pesquisador da Fiocruz e consultor do comitê do programa de segurança do paciente, embora haja limitações metodológicas ao extrapolar os resultados para o resto do país, os estudos indicam a magnitude do problema.
"É um quadro barra pesada. Nos países desenvolvidos, existem políticas de segurança bem consolidadas. Aqui estamos acordando com um pouco de atraso", diz ele.
Segundo Mendes, a política de segurança do paciente não pode ser vista em separado do "imenso caos" que vive a maioria dos hospitais.
"A questão é adotar mecanismos impeçam que o erro chegue ao doente", afirma.
A morte da menina Stephanie Teixeira, 12, que em dezembro de 2010 recebeu vaselina em vez de soro nas veias, é um exemplo de erro evitável. Os frascos eram idênticos, e os nomes dos produtos estavam em etiqueta de mesma cor.
Para Angela Maria da Paz, gerente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), esses casos acontecem porque as instituições não seguem protocolos. "Existem ferramentas capazes de prevenir esse tipo de erro."
No Brasil, diz ela, os eventos adversos são subnotificados e, em geral, só se tornam visíveis quando viram caso de polícia. "Existe a cultura do castigo, as pessoas escondem, têm medo. O erro deve ser aproveitado como aprendizado, não para punição."
Para o professor Jesús María Aranaz Andrés, chefe do serviço de medicina preventiva do hospital Sant Joan d'Alacant (Espanha), a reparação do erro pode ser resolvida de várias formas, como pela compreensão e correção ou por indenização.
"Só não pode haver culpabilização porque isso leva à ocultação. Se escondermos a cabeça na areia feito avestruz, não vamos aprender."
O pesquisador Paulo Santos Sousa, professor da Universidade Nova de Lisboa (Portugal), diz que as mudanças devem ser de cultura.
"Bactéria não tem asas. Ela passa de paciente para paciente porque alguém a carregou nas mãos. Sempre se soube que lavar as mãos é importante, mas continua sendo um desafio."
Segundo Angela Paz, da Anvisa, a agência construirá uma ferramenta eletrônica para monitorar os eventos adversos e agir na prevenção.
Um dos pontos da política, segundo ela, é uma negociação com o Ministério da Educação para que as faculdades de medicina coloquem em seus currículos o tema de segurança do paciente.
Outra ideia é disseminar essas informações ao paciente para que ele se torne atuante no processo, e não um mero espectador.
Folha de São Paulo - 29/07/2013 - 03h00
terça-feira, 3 de setembro de 2013
sábado, 31 de agosto de 2013
Estabelecimentos de saúde deverão ter Núcleo de Segurança do Paciente !!!
Estabelecimentos de saúde deverão ter Núcleo de Segurança do Paciente, determina Anvisa
29/07/2013 às 16h38
Os serviços de saúde de todo o país têm até o fim de novembro para estruturar e implantar o Núcleo de Segurança do Paciente (NSP), que, entre outras incumbências, deverá desenvolver um Plano de Segurança do Paciente (PSP). É o que prevê a RDC nº 36/2013, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), publicada no Diário Oficial da União da última sexta-feira (26).
Tendo como princípios norteadores a melhoria contínua dos processos de cuidado e do uso de tecnologias da saúde, a disseminação sistemática da cultura de segurança, a articulação e a integração dos processos de gestão de risco e a garantia das boas práticas de funcionamento do serviço de saúde, o Plano deverá estabelecer estratégias e ações de gestão de risco para a identificação do paciente, a higiene das mãos, a segurança cirúrgica, os cuidados com a prescrição, o uso e a administração de medicamentos, entre outros.
Será de responsabilidade do Núcleo (NSP) realizar a notificação dos eventos adversos ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária em até 15 dias após a ocorrência, com exceção para os casos que resultarem em morte, os quais deverão ser notificados em até 72 horas.
Quedas de pacientes, infecções hospitalares e o agravamento da situação de saúde por falhas ocorridas durante cirurgias são exemplos que se enquadram como eventos adversos decorrentes da prestação de serviços de saúde. O registro destas notificações será feito por meio de ferramentas eletrônicas disponibilizadas pela Anvisa. A RDC estabelece que as notificações serão iniciadas em 150 dias, contados a partir da publicação da resolução.
A RDC 36/ 2013 integra o elenco de medidas do Programa Nacional de Segurança do Paciente lançado pelo Ministério da Saúde e pela Anvisa em abril deste ano. O tema Segurança do Paciente vem sendo desenvolvido sistematicamente pela Agência desde 2005.
A resolução esteve em consulta pública durante trinta (30) dias. A CP 9/2013 recebeu 457 contribuições. A RDC 36/2013 se aplica aos serviços de saúde públicos e privados, filantrópicos, civis ou militares, incluindo aqueles que exercem atividades de ensino e pesquisa.
Fonte: Portal Planalto com informações da Anvisa
LAVAR AS MÃOS SALVA VIDAS !!!!!
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
É a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação de infecções.
O termo “lavagem das mãos foi substituído pelo termo “higienização das mãos” devido à maior abrangência deste procedimento.
POR QUE FAZER?
As mãos constituem a principal via de transmissão de microrganismos, pois a pele é um possível reservatório de diversos microrganismos, que podem se transferir de uma superfície para outra, por meio de contato direto (pele com pele), ou indireto, através do contato com objetos e superfícies contaminados.
Na camada mais superficial da pele pode-se encontrar bactérias Gram-negativas, como enterobactérias (Ex: Escherichia coli), bactérias não fermentadoras (Ex: Pseudomonas aeruginosa), além de fungos e vírus que podem ser removidos por ação mecânica pela higienização das mãos com água e sabão, sendo eliminada com mais facilidade quando se utiliza uma formulação anti-séptica (Ex: álcool a 70% em gel).
PARA QUE HIGIENIZAR AS MÃOS?
A higienização das mãos apresenta as seguintes finalidades:
• Remoção de sujidade, suor, oleosidade, pêlos, células descamativas e da microbiota da pele, interrompendo a transmissão de infecções veiculadas ao contato.
• Prevenção e redução das infecções causadas pelas transmissões cruzadas.
A eficácia da higienização das mãos depende da duração e da técnica empregada.
http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/paciente_hig_maos.pdf
Aliança Mundial para a Segurança do Paciente !
O Brasil é um dos países que compõem a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, estabelecida pela Organização Mundial de Saúde em 2004. O principal propósito dessa aliança é instituir medidas que aumentem a segurança do paciente e a qualidade dos serviços de saúde, fomentado pelo comprometimento político dos Estados signatários.
A qualidade dos serviços de saúde é um elemento determinante para assegurar a redução e o controle dos riscos a que o paciente está submetido. Nesse sentido, um conjunto de ações complementares entre si, incluídas aqui acoes de controle sanitário e regulamentação, é imprescindível para identificar precocemente a ocorrência de eventos que afetam a segurança do paciente, reduzir o dano e evitar riscos futuros.
O paradigma da qualidade da atenção nos serviços de saúde brasileiros, cada dia mais, surge como uma exigência da sociedade, reforçada tanto pelos compromissos internos, quanto pelos compromissos externos estabelecidos junto à Organização Mundial de Saúde e da Aliança Mundial para a Segurança do Paciente.
Destaca-se entre esses compromissos o desenvolvimento de esforços que visem a melhoria da comunicação, transparência das informações, empoderamento e participação do paciente e usuários de serviços de saúde. Assim, e que a ANVISA disponibiliza no sitehttp://www.anvisa.gov.br/hotsite/segurancadopaciente/materialdeapoio.html aos pacientes e profissionais de saude um conjunto de orientações organizadas sob a forma de cartaz e folder, produto do projeto intitulado :Pacientes pela Segurança dos Pacientes., alem de outras publicações e informações relevantes ao tema!
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